Thursday, December 14, 2006

Amor, um acto de liberdade


O acto

Quando libertamos das garras do nosso ser os sentimentos que nutrimos por alguém, estes nascem para o mundo sob a forma de actos.

Perdemos o egoísmo do sentimento solitário e ganhamos com a extensão de nós próprios pelo fazer acontecer. E, se tivermos sorte, ganhamos com a partilha de algo comum.

Por muito que queiramos bem a alguém, só através dos actos vencemos a barreira da existência de dois seres individuais.

Através do acto de olhar partilhamos o brilho, através da fala partilhamos as ideias e através dos corpos partilhamos o calor.

A liberdade

Vivendo encerrados nossa caverna de Platão jamais poderemos saber o que existe para lá do fogo.

O ser humano transporta consigo o poder do livre arbítrio.

Ao logo da História temos pago o preço desse poder de opção.

O Homem tem lutado, sacrificado os seus filhos e até hipotecado o seu futuro pelo poder de poder escolher.

Só assim se pode considerar efectivamente livre e não se é completamente livre sem o conhecimento que nos permite optar em consciência.

Creio que é neste poder de opção que surge um dos actos mais românticos que podemos ter na nossa vida, embora que, relatado desta forma possa parecer cerebral, a opção de se amar alguém.

Optar por esta ou aquela pessoa, optar por se disponibilizar para amar ou nem por isso.

O amor

É com este acto de liberdade consciente que diferenciamos alguém entre os demais.


David Monteiro

(meu amigo do coração, a ti agradeço este post...)

Dez’06

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