Amor, um acto de liberdade
O acto
Quando libertamos das garras do nosso ser os sentimentos que nutrimos por alguém, estes nascem para o mundo sob a forma de actos.
Perdemos o egoísmo do sentimento solitário e ganhamos com a extensão de nós próprios pelo fazer acontecer. E, se tivermos sorte, ganhamos com a partilha de algo comum.
Por muito que queiramos bem a alguém, só através dos actos vencemos a barreira da existência de dois seres individuais.
Através do acto de olhar partilhamos o brilho, através da fala partilhamos as ideias e através dos corpos partilhamos o calor.
A liberdade
Vivendo encerrados nossa caverna de Platão jamais poderemos saber o que existe para lá do fogo.
O ser humano transporta consigo o poder do livre arbítrio.
Ao logo da História temos pago o preço desse poder de opção.
O Homem tem lutado, sacrificado os seus filhos e até hipotecado o seu futuro pelo poder de poder escolher.
Só assim se pode considerar efectivamente livre e não se é completamente livre sem o conhecimento que nos permite optar em consciência.
Creio que é neste poder de opção que surge um dos actos mais românticos que podemos ter na nossa vida, embora que, relatado desta forma possa parecer cerebral, a opção de se amar alguém.
Optar por esta ou aquela pessoa, optar por se disponibilizar para amar ou nem por isso.
O amor
É com este acto de liberdade consciente que diferenciamos alguém entre os demais.
David Monteiro
(meu amigo do coração, a ti agradeço este post...)
Dez’06
0 Comments:
Post a Comment
<< Home