Thursday, February 08, 2007

Meu amor, meu amor


Meu amor meu amor 
meu corpo em movimento

minha voz à procura

do seu próprio lamento.


Meu limão de amargura meu punhal a escrever

nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos

do nosso entristecer.

Meu amor meu amor

meu nó e sofrimento

minha mó de ternura
minha nau de tormento


este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar

e morremos morremos
devagar devagar.

José Carlos Ary dos Santos

0 Comments:

Post a Comment

<< Home